Era uma quinta-feira de agosto, daquelas em que São Paulo não decide se quer te assar como frango na brasa ou te afogar com chuva. Eu estava sentado na sala, encarando o papel de divórcio que Márcia, minha esposa de oito anos, havia deixado sobre a mesa de centro antes de sair para a casa da mãe dela. “Última chance”, ela tinha dito. “Ou você encontra um jeito de bancar nossa viagem de segunda lua de mel, ou não temos mais o que conversar.”
Olhei para minha conta bancária através do aplicativo: R$437,82. A viagem para Maceió que Márcia tanto sonhava custava pelo menos R$6.000. Meu salário como professor de história em escola pública não permitia esse luxo, especialmente depois que gastei R$3.500 consertando o carro que bati ao tentar desviar de um gato (que, para contextualizar, saiu da situação caminhando tranquilamente enquanto eu fiquei com o para-choque pendurado).
Foi nesse momento de desespero que recebi uma mensagem do meu primo Eduardo: “Cara, baixa o Bet365 no iPhone. Tô ganhando uma grana com apostas esportivas. Não é como aquela vez que te convenci a investir em criptomoeda de cachorro.” A memória daquele fiasco ainda doía – R$800 que evaporaram mais rápido que picolé no asfalto de Salvador em janeiro.
Normalmente, eu ignoraria sugestões do Eduardo. Este é o mesmo sujeito que uma vez vendeu o sofá dos pais para apostar no Botafogo contra o Barcelona (sim, em um amistoso internacional que terminou previsível como o final de novela das nove). Mas com um papel de divórcio me encarando e a perspectiva de voltar a morar com minha mãe aos 39 anos, pensei: “Que diabos, o que tenho a perder além da minha dignidade, casamento e os R$400 na minha conta?”
Abri a App Store no meu iPhone 12 (comprado em 12 prestações que ainda estou pagando) e busquei “Bet365“. O aplicativo apareceu com suas estrelinhas de avaliação brilhando como um farol de esperança. Cliquei no botão de download e, enquanto esperava a instalação, me expliquei mentalmente: “Isso não é desespero. É investimento estratégico em um futuro conjugal harmonioso.”
A interface do aplicativo me surpreendeu. Eu esperava algo confuso, com luzes piscantes e animações irritantes, tipo aqueles sites de cassino dos anos 2000 que pareciam ter sido desenhados por um estagiário de design com excesso de Red Bull. Em vez disso, encontrei algo limpo, organizado, que não fez meus olhos sangrarem.
Criei uma conta usando meu e-mail da faculdade (aquele que uso para todas as coisas potencialmente vergonhosas), depositei R$200 (metade do que eu tinha) usando Pix, e encarei a tela: “E agora? No que diabos eu aposto?”
Eu não entendia absolutamente nada de esportes. Meu conhecimento futebolístico limitava-se a saber que Pelé foi um jogador e não um personagem de desenho animado (uma confusão que mantive até os embaraçosos 14 anos). Decidi que precisava de uma estratégia.
Desenvolvi um sistema infalível: apostaria em times cujos nomes começassem com a mesma letra do meu nome – Carlos. Corinthians, Chelsea, Celtic… parecia lógico na minha cabeça febril de desespero. Também apostaria em qualquer time que tivesse azul no uniforme, pois era a cor favorita da Márcia. E finalmente, jamais, em hipótese alguma, apostaria em jogos que acontecessem às terças-feiras, porque foi numa terça que levei um fora da Patrícia Mendonça na 7ª série, trauma que carrego até hoje.
Minha primeira aposta foi no Chelsea contra o Arsenal. R$50 na vitória do Chelsea porque… bem, começa com C. Nem sabia em que campeonato estavam jogando. Enquanto o jogo acontecia, fiquei assistindo YouTube no meu celular – vídeos de reação de gatos assustados com pepinos, especificamente. A tensão era muita para assistir à partida.
Ao final da noite, abri nervosamente o Bet365 App e… CHELSEA 2 X 0 ARSENAL! Minha conta mostrava +R$92,50! Quase chorei. Talvez aquilo fosse um sinal divino de que meu casamento tinha salvação. Ou talvez fosse apenas estatística básica – 33% de chance de acertar em uma aposta de três resultados possíveis.
Nas semanas seguintes, minha vida se transformou em uma montanha-russa de emoções diretamente proporcional ao saldo da minha conta no Bet365. Meu sistema “Carlos/Azul/Menos-Terças” estava funcionando com uma precisão que desafiava qualquer análise estatística séria. Em 12 dias, transformei meus R$200 iniciais em impressionantes R$3.740.
As coisas estavam indo tão bem que comecei a ficar paranoico. Desenvolvi rituais específicos para cada aposta:
Quando minha conta chegou a R$5.800, decidi que era o momento. Saquei R$5.500, deixando um pouco para continuar apostando, e reservei a viagem para Maceió como surpresa para Márcia. Estava tão emocionado que decidi compartilhar minha alegria com alguém – e aqui começa o grande problema.
Escolhi contar ao Padre João durante a confissão de domingo. “Padre, encontrei um jeito de salvar meu casamento através de apostas esportivas no Bet365 App iOS!”
O silêncio que se seguiu foi tão denso que poderia ser cortado com uma faca. Então veio a torrente: um sermão de 20 minutos sobre os perigos do jogo, como aquilo era porta de entrada para o vício, e como eu estava “construindo minha felicidade sobre areia movediça do pecado.”
Saí da igreja sentindo-me simultaneamente abençoado pela sorte no Bet365 e amaldiçoado pelo Padre João, que me olhou como se eu tivesse confessado adorar estatuetas de Baphomet nos fins de semana.
Arrumei nossas malas secretamente enquanto Márcia estava no trabalho. Coloquei os vouchers da viagem dentro de um envelope vermelho, e sobre nossa cama, com pétalas de rosas formando um caminho até ele (ideia que peguei emprestada de uma novela mexicana que Márcia assistia religiosamente).
Quando ela chegou e viu tudo, seus olhos se encheram de lágrimas. “Carlos… como você…?”
Este era o momento da verdade. Ensaiei mentalmente várias versões:
“Ganhei na loteria!” (Mentira facilmente verificável)
“Vendi um rim!” (Alarmante demais)
“Fiz horas extras secretas!” (Implausível para um professor com carga horária já completa)
Optei pela verdade, parcial: “Encontrei um aplicativo de apostas chamado Bet365, fiz algumas apostas esportivas… e ganhei o suficiente para nossa viagem.”
O silêncio foi atordoante. Márcia me encarou por exatos 12 segundos (sim, contei) antes de perguntar: “Você está apostando online? Como o seu tio Geraldo que perdeu a loja de materiais de construção em 2008?”
Expliquei meu sistema “científico” de apostas, mostrei como o Bet365 App iOS funcionava, os controles de limite que havia estabelecido, e como havia sido disciplinado. Terminei com: “E agora podemos ir para Maceió, tudo pago, sete dias no hotel que você sempre quis.”
Mais 8 segundos de silêncio.
“Se você prometer que tem controle sobre isso, e que não vai acabar como o tio Geraldo vendendo o nosso sofá… estamos bem. E sim, quero muito ir para Maceió.”
Suspirei aliviado. Meu casamento estava salvo, graças ao Bet365 App iOS (e, claro, à minha extraordinária estratégia de apostas baseada em letras iniciais e cores de uniforme).
Depois de três meses usando o Bet365 App iOS, acumulei algumas observações que talvez sejam úteis para outros desesperados sentados no terceiro degrau da escada comendo biscoito de polvilho:
Sim, Roberto, é legal. O Bet365 opera dentro da lei brasileira para apostas esportivas. Não estou fazendo nada ilícito, e sim, vou declarar os ganhos no Imposto de Renda como “outros rendimentos” porque não quero você batendo na minha porta com uma auditoria surpresa no próximo Natal.
É sim, mãe. O Bet365 App iOS usa criptografia de ponta (não vou tentar explicar o que isso significa novamente) para proteger todas as transações. Minhas informações estão mais seguras lá do que naquele caderninho onde você anota todas as senhas bancárias e esconde embaixo do colchão.
Estabeleci regras rígidas, Padre João. Só aposto valores que posso perder, tenho limites diários configurados no próprio aplicativo, e nunca, jamais apostaria o dinheiro do aluguel ou das contas. Além disso, consegui ficar duas semanas sem abrir o app quando estávamos em Maceió (embora tenha checado os resultados no navegador três vezes… mas isso não conta, certo?).
Sim, Dona Clotilde, realmente ganhei. Como todo apostador honesto, tenho dias bons e dias ruins. Já tive semanas em que perdi R$300, e semanas em que ganhei R$1.200. No balanço geral destes três meses, estou positivo em aproximadamente R$8.400. Usei o dinheiro para a viagem a Maceió (R$6.000), comprei aquela geladeira nova que a senhora viu na nossa cozinha (R$2.100), e o restante está guardado para emergências ou, quem sabe, outra viagem no futuro.
Claro que pode, Márcia! O Bet365 App iOS está disponível gratuitamente na App Store. Basta procurar por “Bet365”, clicar em download, criar uma conta, e você estará pronta para apostar. Só não use meu sistema “Carlos/Azul/Menos-Terças” porque acho que funciona exclusivamente com o meu karma. E lembre-se de estabelecer limites! A última coisa que precisamos é de dois viciados em apostas na mesma casa – o sofá não comporta nós dois dormindo nele quando nos endividarmos juntos.